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Destaque no Enem: Entrevista com Gabriel Wayland, ex-aluno Casa Escola

Escrever sobre os “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil” é uma tarefa que exige repertório social e visão crítica. Neste informativo, conversamos com Gabriel Wayland, ex-aluno da Casa Escola que conquistou 920 na redação do Enem 2023.

Atualmente com 19 anos, Gabriel destacou a importância da Casa Escola em sua formação pessoal, ressaltando o ambiente acolhedor e o estímulo ao pensamento inovador. Ele compartilha memórias afetivas e revela como a transição para o IFRN foi facilitada por habilidades desenvolvidas, desde muito cedo, em nossa escola.

A história inspiradora de Gabriel é um exemplo de como as estratégias certas, focadas na formação do indivíduo, trazem resultados. Boa leitura!

Me fala um pouquinho da sua história com a Casa Escola.

Gabriel: Eu entrei na Casa Escola em 2014, vindo de outra escola, e estudei na Casa do 4º ao 9º ano. Minha irmã já era aluna – e ainda é até hoje. Para mim, foi um processo tranquilo porque fui com um grupo de outros colegas que também vinham da mesma escola que eu. A Casa Escola nos recebeu muito bem, e eu posso dizer que os amigos que eu tenho até hoje, eu conheci lá.

De que forma você acredita que a Casa Escola contribuiu para a sua formação?

Gabriel: Não tenho dúvidas de que a Casa Escola fez parte da minha formação como pessoa. Em primeiro lugar, por ter me ajudado a desenvolver esse olhar para cada pessoa como indivíduo. Além disso, o fato de ser uma escola pequena, onde o contato com os professores é muito próximo, foi muito importante para mim. Inclusive, acredito que essa naturalidade para falar com os professores, sem medo ou barreiras, fez eu me destacar no IFRN e me tornar líder da turma. E aí eu também destaco o fato da Casa Escola nos fazer pensar fora da caixa.

O que você mais lembra do período em que estudou na Casa Escola? Qual sua memória afetiva?

Gabriel: Ah, eu gosto muito de lembrar das viagens que a gente fazia. Era uma forma de criar independência, autonomia e, também, criar memórias com os amigos. São memórias que a gente guarda até hoje.

E como foi o processo de transição do 9º ano, na Casa Escola, para o Ensino Médio no IFRN? 

Gabriel: Antes de ir, eu imaginava que teria um pouco de dificuldade, por vir de uma escola pequena. Imaginava o IF com aquela estrutura enorme, com tanta gente na sala. Mas posso dizer que, nesse quesito, eu não tive problema. O que foi um pouco complicado para mim é que eu só tive um mês de aulas antes da pandemia. A gente ainda não tinha conseguido formar vínculos. Então a transição, de verdade, só aconteceu quando eu já estava no 3º ano e fui ter aula presencial. E nesse ponto, uma outra coisa que a Casa Escola me ensinou foi a organizar meus estudos. Isso fez a diferença!

Agora sobre o tema da redação do Enem, como você recebeu o tema?

Gabriel: Quando eu abri a prova, fui logo olhar o tema. Quando eu li aquele título bem extenso, fiquei pensando “o que eu vou escrever sobre isso?”. Aí eu comecei a ler os textos e resgatar lembranças e argumentos. Pensei justamente nas temáticas sociais que são muito abordadas na Casa Escola e fui tentando buscar referências do meu cotidiano, do que eu via na minha família, por exemplo. Citei Dona Irene, da Grande Família, que sempre desenvolve um trabalho invisibilizado pela própria família. E acho que, em resumo, o tema é sobre isso: um trabalho feito pelas mulheres, que é desvalorizado e não é enxergado como trabalho pelas próprias pessoas que são beneficiadas por ele.

E que habilidades você acredita que foram decisivas para o seu resultado na redação?

Gabriel: A redação do Enem não é só escrever bem, embora isso seja muito importante. Quando eu entrei no cursinho preparatório e fiz minha primeira redação, o professor disse: “você escreve muito bem, só precisa aprender a cumprir as competências que o Enem exige”. E eu acredito que o fato de eu escrever bem vem das produções textuais que a gente desenvolve na Casa Escola desde cedo. E também das discussões de temas relevantes. Eu realmente acredito que todo esse trabalho foi decisivo, porque eu já cheguei na preparação para o Enem sabendo escrever – só precisava aprender a cumprir os requisitos da prova.

Por fim, gostaria que você compartilhasse um pouco dos seus planos para o futuro. Como está lidando com esse momento de decisões tão importantes?

Gabriel: Eu sou uma pessoa ansiosa, mas estou tentando manter a calma. Porque a verdade é que só o tempo vai dizer o que vai acontecer. Então eu estou esperando chegar o momento de ver o resultado final e tomar a melhor decisão. Talvez eu escolha cursar Direito, mas ainda não decidi. Espero que dê tudo certo! 

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