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“Eu sou, porque tu és”: perspectivas da Casa Escola para 2024

A Casa Escola inicia mais um ano letivo, repleto de desafios, expectativas e, acima de tudo, fiel ao seu modo de fazer escola. Com projetos que traduzem a essência de uma abordagem educacional construtivista, damos boas-vindas a 2024 com o compromisso de continuar produzindo conhecimento de forma coletiva, desafiadora, adaptativa e receptiva às mudanças.

Por meio de um tema anual que reflete o olhar para o Outro em sua abrangência, a diretora Priscila Griner destaca que o objetivo é cultivar e se aprofundar na essência do humano enquanto ser coletivo em suas criações. “Pensamos em um tema que envolvesse o Outro na formação do sujeito permeado pela cultura e pela sociedade em que ele se insere, na perspectiva de compreender melhor a ideia de que o individualismo cultivado pela contemporaneidade ocidental precisa ser urgentemente questionado para mudar a essência da humanidade”.

Neste sentido, a equipe pedagógica resgatou, das profundezas da África Subsaariana, o termo “Ubuntu”, que embasa a ideia de “Eu sou, porque tu és”. Nossa diretora explica que “quanto à origem da palavra, a etimologia exata permanece incerta, mas sua associação é frequentemente ligada ao respeito fundamental pelos outros, sendo interpretado como uma regra de conduta ou ética social”.

Letramento racial: educação para uma consciência antirracista a Casa Escola.

Mais do que uma obrigação legal (instituída pelas Leis nº 10.639/03 e 11.645/080), o letramento racial está na identidade da Casa Escola e busca o reconhecimento, através do estudo e da análise crítica, do racismo estrutural. Para a professora de História, Sabrina Pereira, é importante identificar as manifestações racistas, indo além da sala de aula. A proposta ainda, segundo ela, é construir uma narrativa positiva, mostrando referências e combatendo estereótipos.

“Além de observar o território e identificar as diversas manifestações da ancestralidade em pessoas racializadas, percebemos, neste processo, aqueles que se reconhecem em sua branquitude e se tornam agentes transformadores. E este é um ponto muito importante para uma educação verdadeiramente antirracista que promove a reflexão sobre questões como privilégio, estereótipos e como tudo isso afeta a dignidade das pessoas”, destaca.

Equipe de linguagens: integrando conhecimentos, enriquecendo experiências

Outro trabalho que tem feito a diferença na Casa Escola é o da Equipe de Linguagens, formada pelas disciplinas de Língua Portuguesa, Artes e Teatro. Thayane, a nossa professora de Língua Portuguesa, pontua que “não é apenas um projeto pontual, mas um exercício coletivo que incide diretamente na qualidade do que é produzido pelos nossos estudantes. O mais rico é perceber que esse esforço traz muitas possibilidades, caminhos de trabalho e, consequentemente, o enriquecimento da experiência do aluno”.

A integração, segundo a docente, reflete em uma mudança de postura que influencia toda a escola. “A solidariedade entre toda a equipe pedagógica e de gestão proporciona um ambiente mais unido e torna o trabalho mais leve e prazeroso”, diz.

Metodologia CLIL: idioma para o mundo real

CLIL é a sigla para Content and Language Integrated Learning que, em português, significa “Aprendizagem Integrada de Conteúdo e Linguagem”. Trata-se de uma abordagem que combina o conteúdo acadêmico com a aprendizagem do idioma, como o nome mesmo diz. Dília Fernandes, a supervisora de Língua Inglesa, explica que na Casa Escola a abordagem de ensino CLIL é favorável e enriquecedora para se aprender a segunda língua pelo fato da escola usar os Projetos de Pesquisa como prática de ensino e aprendizagem. 

A escola não desvincula conteúdo de cultura, por isso, de forma bem segura, Dília confirma que “em vez de apenas ensinar a língua de forma isolada, o CLIL propõe que o Inglês seja usado como meio de instrução em outras matérias, como Ciências, Matemática ou História e em situações em que os alunos exploram os temas de pesquisa”. 

Ela ainda acrescenta que “isso proporciona aos alunos a oportunidade de desenvolver e aprimorar habilidades linguísticas de maneira contextualizada, ao mesmo tempo em que promove a aquisição de conhecimento em áreas específicas e a partir da transversalidade, tornando o aprendizado mais autêntico e relevante. Essa abordagem é valiosa para preparar os estudantes para situações do mundo real, nas quais o Inglês é frequentemente usado”. 

Estas são algumas das perspectivas e projetos que devem moldar o ano letivo da Casa Escola em 2024. Acompanhe nosso informativo e fique, cada vez mais, Por dentro da Casa!

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