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JIECE: muito mais do que uma competição esportiva 

O mês de abril foi marcado por um evento muito aguardado: os Jogos Internos Escolares da Casa Escola, o nosso JIECE. Os treinos começaram no início das aulas, e a quadra poliesportiva se tornou um grande ponto de encontro para os atletas.

Quem passava pela Casa Escola entre 11 e 20 de abril podia ouvir as equipes ensaiando seus gritos de guerra, criando suas paródias e buscando maneiras de manter a torcida sempre animada, independentemente do resultado. O clima que predominava era o de cooperação.

A lista de atividades foi extensa e incluiu desde dinâmicas como bandeirinha, queimada, corrida de revezamento, voltadas aos alunos da Educação Infantil, até dodgeball, futebol e vôlei, com participação dos estudantes do Ensino Fundamental.

Na Educação Infantil, o foco foi celebrar habilidades – como saltar, correr, lançar -, e as atividades foram pensadas de modo a incluir todos os alunos. A ludicidade foi um fator importante na hora de planejar os jogos internos escolares este ano. 

“Por mais que os alunos treinem antes, não deixa de ser uma brincadeira, porque o intuito do JIECE é este: fomentar a cooperação. É por isso que, além dos esportes, a gente inclui outras atividades”, comenta Larissa Bezerra, professora de Educação Física da Casa Escola e uma das organizadoras do JIECE.

Larissa destaca a capacidade que o esporte tem de envolver as crianças e adolescentes e de estimular a socialização. Segundo ela, até quem estava tímido e não queria participar, acabou se envolvendo com os jogos.

No encerramento do JIECE da Educação Infantil, todos os participantes receberam medalha de ouro. Essa é uma forma que encontramos para recompensar o engajamento dos pequenos atletas. Já no Ensino Fundamental, a expectativa era para saber quais equipes subiriam ao pódio.

Um dos momentos mais marcantes dos Jogos Escolares foi quando as famílias entraram em campo para participar das provas com os alunos, que se sentiram apoiados e amparados para concluir o percurso, mostrando, mais uma vez, a importância do acompanhamento da família na trajetória educacional das crianças e adolescentes.

Doações arrecadadas durante o JIECE são destinadas a projeto social

A cada JIECE a Casa Escola apadrinha uma instituição beneficente. Esta é uma forma de envolver toda a comunidade escolar em uma grande ação social. Nesta edição, a Casa Escola apoiou a Arara Azul (https://www.vempraarara.com.br/), um coletivo de mulheres que busca ressignificar o consumo através da customização e reutilização de roupas que seriam descartadas. O coletivo coordena um projeto social chamado Arara Social, por meio do qual oferece capacitação em costura, ensinando mulheres em situação de vulnerabilidade social a confeccionar novas peças a partir de tecidos reaproveitados, garantindo, assim, mais renda e autonomia para as mulheres.

Para mobilizar as equipes em prol dessa causa, durante o JIECE a doação de itens como jeans, roupas usadas e aviamentos de costura se convertia em pontos para as equipes. Assim, ao mesmo tempo em que acumulavam pontos, as equipes também aproveitavam o evento para fazer algo a mais, dando destino apropriado a roupas de segunda mão e contribuindo com o projeto social.

A escolha da instituição levou em consideração o tema norteador que a Casa Escola elegeu para 2023: os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Com a ação social, a escola buscou mostrar que ações simples, como doar as roupas que não usamos mais, podem contribuir para reduzir a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que pessoas, em todos os lugares, desfrutem de mais prosperidade.

Entrevista com Priscila Griner, diretora da Casa Escola:

O que o JIECE representa para a Casa Escola?

Priscila Griner: Para os alunos, é um momento de muito entusiasmo, muita comoção, emoção, adrenalina, empolgação. Os alunos comentam em casa, os pais também acabam se identificando com o time da criança, a comunidade escolar se envolve com a campanha beneficente. Todos participam desse momento!

Quais as diferenças entre o JIECE da Educação Infantil e o JIECE do Ensino Fundamental?

Priscila Griner: Cada segmento educacional, cronológico, tem uma expectativa distinta. Mas é quase raro uma criança, um adolescente, não se identificar com as atividades esportivas na escola. Porém, a gente tem esse cuidado de o JIECE não se resumir apenas às atividades esportivas e sim incluir gincanas, quiz, dinâmicas, outras atividades para que haja essa possibilidade de acolher a todos, em todos os níveis de ensino.

O encerramento do JIECE da Educação Infantil conta sempre com a participação das famílias. Poderia falar um pouco sobre a importância de envolver os familiares?

Priscila Griner: Na Educação Infantil, a gente convida os pais, as famílias, para participar das mesmas provas que as crianças participaram, no sentido de que possam reconhecer as necessidades desse corpo que quer se movimentar, que quer correr mais rápido; que quer conseguir chegar lá e que fica muito feliz quando se movimenta, quando ultrapassa obstáculos e sente que realizou alguma conquista. Essa motivação se torna algo de muita valia para as crianças.

Em que vocês se inspiram para realizar o JIECE?

Priscila Griner: A gente se inspira numa cultura maior, na cultura das olimpíadas, na cultura da Grécia Antiga, onde tanto o corpo quanto a mente são importantes e, por isso, buscamos promover várias vivências, várias experiências ao longo do JIECE, desde a preparação até a premiação: o ritual da entrega das medalhas, a abertura com a tocha, os atletas enfileirados cantando o hino. Competir também faz parte da cultura, é inerente ao ser humano. Mas há formas diferentes de competir. E é isso que o JIECE busca mostrar.

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