Foi ideia da Maria Elisa (6 anos) a sugestão da pesquisa “Matemágica” dada aos colegas do Grupo 4 e 5 que se convenceram com seus argumentos. Ela queria entender melhor a importância dos números na vida das pessoas.
Com isso, a professora Amanda Menezes propôs começar desde o início da criação dos números, quando o homem precisava contar as ovelhas para não perdê-las. Os pastores, por exemplo, contavam com pedrinhas ou marquinhas na madeira; as ideias criadas para contar eram bem divertidas e daí as crianças tentaram reproduzir algumas delas.
A partir disso as crianças começaram a perceber e, também, a pesquisar como os números são aplicados no dia a dia – como em receitas, nas horas, no dia da semana, na data do aniversário, na altura de cada um, nas quantidades, nas pequenas operações matemáticas e, inclusive, nas situações problema.
Representação pessoal a partir dos números
Ao longo da pesquisa, as crianças produziram um documento arquitetado para conter as informações pessoais de cada um usando números. Daí não teve outro jeito a não ser trazer as unidades de medida para a sala de aula – como centímetros, volume e massa. Para não confundir as cabecinhas, a altura foi representada em centímetros, por exemplo, 120 centímetros em vez de se usar o metro e a vírgula.
Os resultados de algumas habilidades físicas também foram parar no documento, como a corrida no campo, em que contabilizamos o tempo gasto para correr de um canto ao outro. Para manter a seriedade da medição, o campo também foi medido.
Outro dado importante que fez parte do documento foram os endereços de cada aluno a partir do CEP e do número de suas casas. Para entender como isso funciona, os alunos fizeram um passeio pelo Google Maps e, juntos com a professora Amanda, puderam identificar, no aplicativo, onde moram. “Com essa atividade, aprendemos que os números também servem para nos localizar”, explica Amanda.
Aprendendo matemática com dinheiro
Nessa descoberta dos números, os alunos do G4 e G5 também viveram uma caça ao tesouro divertida. Para começar a estudar sobre o sistema monetário brasileiro, a professora Amanda escondeu pela escola notinhas de dinheiro impressas e eles embarcaram nessa aventura em busca do tesouro perdido.
Dessa forma lúdica e descontraída, os pequenos cidadãos perceberam que a Matemática também está relacionada ao uso do dinheiro. Depois de encontradas as notinhas, chegou a hora de utilizá-las! Mas onde? O que comprar? Quanto custa? Tem troco?
Para resolver essas questões, as crianças montaram uma lojinha e atribuíram valores aos brinquedos. O banco – que também era formado por eles – distribuiu o dinheiro e os pequenos foram às compras. Na atividade, eles puderam entender o valor das notas a partir de cada brinquedo comprado, além de como funciona o pagamento e o troco.
Diante da brincadeira, as crianças se mostraram empolgadas para conhecer números maiores como mil e milhão. Com a chegada das calculadoras à lojinha, os preços dos “produtos” foram lá para cima e alguns foram bater na casa do milhão.
A ideia é que as crianças possam se familiarizar com a magia da Matemática a partir de dinâmicas práticas e, assim, entendam que os números estão presentes em várias situações da nossas vidas e que podem ser divertidos e, inclusive, encantadores.