Nos muros, portas e outros espaços da Casa, a arte pulsa e promove reconhecimento e pertencimento cultural em nossos estudantes, tudo isso com a ajuda de artistas potiguares. Teófilo Viana, Flor Atirupa e Wendell Batista têm suas linguagens artísticas estampadas em alguns dos ambientes da escola, como o viveiro, a biblioteca e a área das piscinas.
Desde pequenos, os alunos são levados a conviver com a arte e a cultura local, o que tem ajudado a formar cidadãos mais conectados com a diversidade e a riqueza do Estado em que vivemos. A escola é um lugar de experiências e construção pessoal e intelectual, é também um ambiente de desenvolvimento, onde nossas crianças e adolescentes acessam conhecimentos e visões sobre o mundo, desenvolvem habilidades e aperfeiçoam talentos.
Acreditamos que estar em contato com a arte local gera consciência artística e pertencimento, e isso é fundamental na formação do indivíduo. Para o artista visual Wendell Batista, responsável por deixar nosso viveiro ainda mais bonito, a arte vai além de um produto, ela é essencial para a humanidade.
“Quando a vida tem arte, tudo fica mais agradável e empolgante, a criatividade e a harmonia fazem da arte uma chave que abre portas na mente humana criando novas conexões. Valorizar a cultura local cria laços fortes entre os artistas e o povo potiguar”, explica Wendell.
Um dos ambientes que respira Arte por aqui é a entrada da biblioteca, que ganhou vida com a pintura da artista Flor Atirupa, que há 20 anos trabalha com muros e artes plásticas e, que no meio desse caminho, se tornou professora de artes e agora se expressa a partir de técnicas, referências e da diversidade que o mundo oferece.
Um livro que se abre na porta da biblioteca é o responsável por universos que só podem ser acessados por meio da leitura e da imaginação. Entre letras, castelos, cores e histórias, Flor expressa a beleza, o sentir, a criatividade e a cultura do individual e do coletivo. Para ela, “a arte é uma forma de expressar as emoções do humano, que transcende regras”, conta a artista.
Quanto à valorização e o convívio dos alunos com a arte local, Flor afirma: “acredito que a arte na escola educa para um presente e um futuro mais humano. Educar crianças para criar, apreciar e valorizar as várias expressões artísticas é preparar sementes para um reflorestamento social mais crítico, inclusivo, sensível e empático”, conclui.
Nos muros da área em que estão localizadas as piscinas, a arte é assinada por Teófilo Viana. Nela, o fundo do mar é representado em cores e formas divertidas, uma arte alegre que nos transporta para memórias afetivas, como as idas à praia nos fins de semana em família. Para ele, seu trabalho está diretamente ligado à vida em sua volta, é a forma de comunicar-se com o mundo.
No que se refere à importância da arte estar presente no ambiente escolar, o artista defende que: “esse contato é fundamental para entendermos um pouco mais sobre nossos costumes, nossa região e a maneira de pensar do nosso povo. O RN é rico em artistas, com múltiplos estilos, por isso temos que fortalecer cada vez mais o consumo da arte local, incentivando esses inúmeros talentos que existem na nossa região”, explica Teófilo.
Quanto à presença da arte nos espaços da escola, a artista Flor afirma: “o que a Casa Escola tem feito é preparar o terreno para fertilização das tradições culturais e artísticas da nossa cultura. Isso fortalece o povo potiguar, engrandece o coletivo e enobrece os que vieram cantar, dançar, colorir, tocar e expressar tantas outras formas artísticas antes de nós, com base na história do seu lugar e do seu povo. E isso tem muita força”, finaliza.